25.11.08



“COMO SE FOSSE O CÉU”
“As it is in heaven”
de Kay Pollak


“Desde criança que sonhava criar música
que abrisse o coração das pessoas.
Era esse o meu sonho”



“- Quando gostamos de alguém como sabemos se a amamos?
- Ficas feliz quando a vês.
- E que mais?
- Pensas nela.
- E que mais?
- Quando gostas de alguém sentes-te feliz ao lado dela”

Ao lado? Ela disse ao lado?
Eu acho que ela quer dizer de lado. Lado a lado. Ombro com ombro.
Meticulosamente alinhados. Num movimento coordenado, cadenciado, deslizante.
Sim ao lado! Lado a lado, caminhando e conversando. Olhando de vez em quando. Parando um instante sem sair do ritmo e prosseguindo. Sem destino ou com um lugar pretexto, de preferência distante ou inatingível.

É assim que eu vejo o amor. De lado. Lado a lado. Ombro a ombro. Talvez melhor desalinhados, descontraídos, com um sopro no coração e os pés timbrando a areia.
Sim de lado! Lado a lado. Em silêncio talvez, sorrindo de vez em quando. Quebrando o ritmo com um abraço infinito e ficar aí.


“Como se fosse o céu”.


Encontrei este filme na Biblioteca Municipal. É uma história interessante e bonita, bem contada, sobre a vida de um miúdo invulgar que só poderia ter dado origem a um homem fora do comum. O resultado é uma película que põe o acento nas relações entre as pessoas em grupo e na intimidade da vida familiar.
As primeiras palavras deste texto foram retiradas dos diálogos do filme e as segundas foram escritas por mim depois de o ter visto.

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