17.1.09



Projecto "Your text here" produzido em 2006 para uma convocatória de mail art promovida por Antonella Grota Giurleo para a biblioteca Gallaratese de Milão

16.1.09



Olhar.
Contar até cinco sem pensar.
Pensar no que se viu.
Voltar a ver constatando apenas que
O que vimos,
Não é bonito nem feio,
Nem grande nem pequeno,
Nem novo nem velho,
Nem estúpido nem inteligente,
Nem simples nem trabalhado,
Nem rico nem pobre,
Nem anos 30 nem 40,
Nem espantoso nem vulgar,
Apenas é.

Espantoso Barbosa / 1988

15.1.09




Que surpresa quando quis saber quem é o autor de uma tão bela carta de amor.


“Nem às paredes confesso”


Não queiras gostar de mim

Sem que eu te peça,

Nem me dês nada que ao fim

Eu não mereça

Vê se me deitas depois

Culpas no rosto

Eu sou sincero

Porque não quero

Dar-te um desgosto.


De quem eu gosto

Nem às paredes confesso

E nem aposto

Que não gosto de ninguém

Podes rogar

Podes chorar

Podes sorrir também

De quem eu gosto

Nem às paredes confesso.


Quem sabe se te esqueci

Ou se te quero

Quem sabe até se é por ti

Que eu tanto espero.

Se gosto ou não afinal

Isso é comigo,

Mesmo que penses

Que me convences

Nada te digo.


Maximiliano de Sousa (MAX)

14.1.09



A paz não depende das drogas.
A paz não depende das guerras.
A paz não depende dos credos.
A paz não depende dos mapas.
A paz não depende das etnias.
A paz não depende das energias.
A paz não depende das famílias.
A paz não depende dos poderes.
A paz não depende dos contra-poderes.
A paz não depende das armas.
A paz não depende da fome.
A paz não depende das ideologias.
A paz não depende do analfabetismo.
A paz não depende do terrorismo.
A paz não depende do aborto.
A paz não depende da opção sexual.
A paz não depende dos outros.
A paz não depende de nós.
A paz não depende de ti.

DEPENDE DE MIM

13.1.09



Da_a!!!

Da
próxima vez que me apaixonar
há-de ser por uma rocha.
Sim por uma rocha,
pela maior rocha que eu possa imaginar,
tão grande que a não consiga abraçar,
tão alta que não seja capaz de a trepar,
tão lisa que esteja sempre a escorregar,
tão antiga que não possa recordar.

Da
próxima vez que me apaixonar
hei-de ser como uma lapa,
para a ti me agarrar e
nunca mais te largar.

12.1.09



Os meus santos sou eu que os canonizo. Os meus santos nem sequer estão mortos. Os meus santos estão sempre comigo porque de alguma forma um dia me cruzei com eles. Os meus santos são as mãos que estão debaixo das minhas sobre a minha cabeça.


Buckminster Fuller


"...we're all astronauts aboard a little spaceship called Earth"

“Our spaceship Earth... One island in one ocean... from space”,

“Pela primeira vez na história da Humanidade o homem possui os meios necessários para conferir a cada ser humano um elevado padrão de bem estar. Passaram já dez anos sobre o momento em que a tecnologia alcançou a capacidade de o empreender. Está nas mãos do Homem levar a cabo esta tarefa de uma forma duradoura. “


Estas declarações, proferidas em 1980 por Richard Buckminster Fuller, inventor, arquitecto, engenheiro, matemático, poeta e astrónomo, são representativas da visão global sobre o planeta que coerentemente pautou a sua vida.
Buckminster Fuller foi sempre um homem à frente da sua época.
Toda a sua vida pregou o investimento num desenvolvimento tecnológico capaz de promover através da alta-tecnologia um crescente bem estar social para todos associado à mínima utilização dos recursos naturais. A isto chamou desenvolvimento sustentado, ou efemerilização, hoje afinal tão nas bocas do mundo.
Fuller era simultaneamente um filósofo e um prático. A maioria das suas ideias foram demonstradas com inventos a que ele simplesmente chamava “artefactos”. Algumas das suas invenções passaram a protótipos.
Ao longo deste trajecto dedicado às suas ideias Buckminster Fuller registou 25 patentes americanas, escreveu 28 livros, recebeu 47 doutoramentos honorários em arte, ciências, engenharia e humanidades, dezenas de prémios de arquitectura e design, e espalhou trabalhos seus em inúmeros museus de todo o mundo.
Deu 57 voltas ao mundo espalhando as suas ideias e recolhendo fundos para os seus projectos.
Fuller está entre os primeiros mentores da utilização das energias alternativas designadamente a solar, a do vento e a das ondas do mar.
Um dos seus mais conhecidos inventos é o planisfério triângulado, onde pela primeira vez os continentes estão representados num único plano sem distorções perceptíveis, no qual o centro é o Ártico e os continentes se fundem numa ilha.


Richard Buckminster Fuller nasceu em Milton, Massachusetts a 12 de Julho de 1895.Estudou em Harvard de 1913 a 1915 e na Academia Naval de Maryland até 1917.Casou com Anne Hewllet em Julho de 1917 e teve duas filhas Alexandra e Allegra. Bucky e Anne morreram ambos em 1983 com o intervalo de 36 horas, a uma semana do seu 66 aniversário do casamento.

Imagem : Buckminster Fuller Institute
www.bfi.org