10.1.09



Projecto "Your text here" produzido em 2006 para uma convocatória de mail art promovida por Antonella Grota Giurleo para a biblioteca Gallaratese de Milão

9.1.09



O equilíbrio ecológico não existe.
Os eco-sistemas também não.
Ambos são visões parciais do tempo e do espaço.
A vida só é possível com a morte e a interdevoração das espécies.

PF / 1988

8.1.09



A página apresentada foi publicada em “O PREGÃO”, Jornal Regional do Norte Alentejo, de 20 de Dezembro de 1994, num espaço reservado a desenhos e projectos de arquitectos, iniciativa do extinto NANA (Núcleo de Arquitectos do Nordeste Alentejano).

Nela se podem ler as seguintes frases:

Era uma vez um arquitecto que se achava incoerente, e zás, começou logo a ler coisas do Poeta, e zás, deixou de ser arquitecto e passou a ser cinco pessoas (Bimba!!!): Barbosa, ou melhor Espantoso Barbosa, moderno e marítimo, espantado e triste, imparável e luso; Correcto, ou melhor Emílio Correcto, matemático e gnóstico, geómetra e ateu (?), parado e luso; Glória D’Outrora, relatadora atenta, fria e independente, lusa; Possidónio Fantasma, um gato completamente céptico.

Projecto de uma habitação para mim num terreno que nunca será meu.

Esta seria a minha casa ideal. Viver dentro de uma máquina fotográfica e ter uma piscina para nadar vinte e cinco metros.

Pior que ter saudade, é ter a saudade morta. EB
Estúpido! PF


6.1.09






“homo extintus”

O homem terá inevitavelmente que contribuir para a mudança de todos os sistemas vigentes, a não ser que anseie que a humanidade seja extinta. Aliás assim procederam tanto as algas como as moscas.

O que nos distingue é termos hoje capacidade para entender cada vez melhor quais as mudanças que se operaram no mundo, quais as que estão a acontecer, e quais os previsíveis cenários para um futuro próximo.

Estranho este nosso papel de agente consciente da sua própria inconsciência.

É de admitir que o advento da consciência não seja mais que uma das etapas do processo natural destinada a faze-lo evoluir decidindo, em determinado momento, entregar-lhe o destino de todas as espécies.

Se isto é verdade não temos o direito de o ignorar. Se não é, talvez a espécie humana seja apenas uma espécie de erro no processo natural que Darwin baptizou como evolução.

5.1.09




Não queiramos ser, nem sangue, nem vampiros,
Sejamos apenas Branco, Azul, Verde, e Vermelho.

Do Branco surgiu matéria.
No Azul brotaram seres. Espantemos!
Subamos o pano Vermelho,
E haverá Verde para além da Europa.

Da combinação helicoidal ácida,
Do Verde e do Vermelho,
Do Azul e do Branco,
Subsiste
Esta história…

Portugal!


Espantoso Barbosa / 1988