27.12.08



Projecto "Your text here" produzido em 2006 para uma convocatória de mail art promovida por Antonella Grota Giurleo para a biblioteca Gallaratese de Milão

24.12.08



E se a vida fosse uma carta de amor...



"Our house"


I'll light the fire

You put the flowers in the vase

That you bought today


Staring at the fire

For hours and hours

While I listen to you

Play your love songs

All night long for me

Only for me


Come to me now

And rest your head for just five minutes

Everything is good

Such a cosy room

The windows are illuminated

By the sunshine through them

Fiery gems for you

Only for you


Our house is a very, very fine house

With two cats in the yard

Life used to be so hard

Now everything is easy

'Cause of you

And our la,la,la, la,la, la, la, la, la, la, la...


Our house is a very, very fine house

With two cats in the yard

Life used to be so hard

Now everything is easy'

Cause of you

And Our


I'll light the fire

And you place the flowers in the jar

That you bought today


By Graham Nash / 1974

22.12.08



ESTACIONAMENTO

Paras o carro
Num parque desconhecido.
Apagas as luzes,
Desligas o rádio,
Tiras o cinto e corres o s vidros,
Mas esqueceste-te de trancar o carro.

Olhas em volta,
E não reconheces a estrada onde seguias.
Toda a cidade está às escuras
Mas escutas um som novo
Que rasga a atmosfera
Vindo de um beco contorcido.

Diriges-te pelos ouvidos
Mas só encontras muros
Que tateias com as luvas calçadas,
E, nem sentes que a parede se dobra de repente
Estatelando os teus costados
No lajeado de um pátio árabe.

Abres os olhos,
Cego pelo luar repentino,
E ainda consegues ver três vultos de matracas na mão.
Pestanejas e já não há vivalma
A não ser aquele assobio
Trauteando uma melodia familiar.

Finalmente a porta de um bar.
Luz amarela e fraca.
Dois gémeos ao balcão.
Ninguém à porta, ninguém lá dentro,
Mas não consegues entrar
Porque os clientes não param de sair.

Meia volta,
Rodopiando sobre o tacão direito,
Dás com o cotovelo
No retrovisor do teu carro.
Vidros abertos e rádio no máximo,
Mas não encontras as chaves…


Possidónio Fantasma / 1996